21 de outubro de 2011

Os 10 Ditadores mais sanguinários





Em números absolutos, o maior matador foi o ditador chinês Mao Tsé-tung, que mandou nada menos que 77 milhões de compatriotas para o além. 


Em percentual relativo, o líder mais sanguinário foi o general Pol Pot, que assassinou “apenas” 2 milhões de pessoas – um terço da população do Camboja, país em que ele foi primeiro-ministro entre 1976 e 1979. 


A relação tem como critério básico o total de mortes causadas pela ação ou omissão de líderes com poderes ditatoriais. Isso inclui desde fuzilamentos no paredão até grandes fomes causadas por uma guerra civil, por exemplo. 


Os números foram coletados pelo cientista político e historiador americano Rudolph J. Rummel, que escreveu quase duas dúzias de livros com informações sobre casos de “democídio” – o nome que Rummel dá ao assassinato de uma pessoa por um governo. Foram muitos, sobretudo nos últimos 100 anos. “Se enfileirarmos os cadáveres das vítimas de democídio no século 20, eles dariam 6 voltas em torno da Terra”, diz o historiador.


Veja abaixo os 10 governantes mais assassinos de todos os tempos.



1. Mao Tsé-tung (ou Mao Zedong) (1893-1976)
VÍTIMAS: 77.000.000 
PAÍS: China
MODUS OPERANDI PRINCIPAL DAS MORTES: Execuções, assassinatos e políticas econômicas desastradas que mataram de fome parte da população



Líder do Partido Comunista Chinês desde 1931, Mao foi presidente da República Popular da China de 1949 a 1959 e presidente do Partido até sua morte. Neste período, implantou um regime de terror, com o assassinato de “contra-revolucionários”, proprietários rurais e inimigos políticos, sendo responsabilizado pela execução de vários ex-companheiros, militantes comunistas expurgados sob as mais variadas justificativas.

A partir de 1950, lançou um programa de reforma agrária e coletivização da agricultura que desorganizou a economia do país e provocou a maior onda de fome já registrada pela História. Pouco depois deste episódio, Mao e seus assessores mais próximos lançaram em meados da década de 1960 a Revolução Cultural, esforço justificado como uma tentativa de mudar a mentalidade da população chinesa e prepará-la para o socialismo. A campanha levou a prisões em massa, fechamento de escolas e perseguições que provavelmente causaram a morte de mais de 1 milhão e meio de pessoas.



2. Joseph Stalin (1879-1953)
VÍTIMAS: 43.000.000 
PAÍS: União Soviética
MODUS OPERANDI PRINCIPAL DAS MORTES: Assassinatos, perseguições étnicas



Durante os 25 anos que governou ditatorialmente a antiga URSS, Stalin transformou o país em potência mundial, promovendo a industrialização. Isso envolveu, porém, entre outras coisas, a implantação de um programa forçado de coletivização da agricultura e abolição da propriedade privada, que só foi possível com o assassinato de agricultores e a criação de um estado de terror policial, através do qual promoveu o expurgo e a execução de adversários políticos.

Depois de ter papel fundamental na derrota dos nazistas na Segunda Guerra Mundial (1939-1945), estendeu o controle soviético aos países das Europa Oriental, obrigando vários deles a manterem-se no bloco comunista, ao custo da repressão de opositores, da fome e do empobrecimento das suas populações. Stalin também foi responsabilizado pela existência de campos de trabalhos forçados para deter dissidentes e pela perseguição de minorias étnicas que viviam na União Soviética, realizando transferências compulsórias de populações que causaram número de mortes jamais calculado com precisão.



3. Adolf Hitler (1889-1945)
VÍTIMAS: 21.000.000 
PAÍS: Alemanha
MODUS OPERANDI PRINCIPAL DAS MORTES: Guerra, campos de extermínio



Líder do Partido Nacional Socialista (nome oficial da organização nazista)* entre 1921 e 1923 e chefe do governo da Alemanha de janeiro de 1930 até a morte, Hitler chegou ao poder através de eleições livres, depois de tentar um golpe de estado que resultou em sua prisão. Transformou-se em ditador logo em seguida, com a eliminação de rivais e opositores.

Principal responsável individual pela Segunda Guerra Mundial, que deflagrou ao invadir a Polônia em 1939, ordenou que exércitos alemães atacassem e ocupassem vários países, assumindo a responsabilidade pelas atrocidades cometidas pelos nazistas em seu nome durante a primeira metade da década de 1940 na Europa e norte da África. Também permitiu e incentivou a realização organizada de genocídio que buscava exterminar judeus, ciganos, deficientes físicos e mentais, dissidentes políticos, homossexuais e outras minorias. Suicidou-se ao fim da guerra.

*O termo Nazi é uma contração da palavra alemã (NA)tionalso(ZI)alist (Nacional Socialista)



4. Kublai Khan (1215- 1294)
VÍTIMAS: 19.000.000 
PAÍS: Mongólia
MODUS OPERANDI PRINCIPAL DAS MORTES: Guerra, assassinatos

Com nome também traduzido como Khubilai ou Kubla, o “khan” (“chefe”) era neto do conquistador Genghis Khan. Atacou a China, derrotou-a e em 1271 proclamou-se o primeiro imperador da dinastia mongol que governou o país. Além das mortes causadas pelas guerras que provocou em diversas partes da Ásia (incluindo Pérsia, Vietnã e sul da Rússia), os soldados sob seu comando tornaram-se conhecidos por atos de extrema crueldade contra populações civis, incluindo castração de prisioneiros, assassinatos em massa e estupros coletivos.

O único relato pessoal sobre ele foi feito por Marco Polo, que visitou sua corte. O viajante italiano apresenta Kublai Khan como um soberano ideal – durante o reinado, a China atravessou uma fase de grande prosperidade – mas reconhece que ele era incapaz de controlar os atos de subordinados e tinha propensão a sofrer ataques ocasionais de crueldade assassina.



5. Imperatriz Cixi (1835 - 1908)
VÍTIMAS: 12.000.000 

PAÍS: China
MODUS OPERANDI PRINCIPAL DAS MORTES: Repressão a rebeliões da população



Também conhecida como Imperatriz Tz'u-hsi, era uma das concubinas de status inferior do Imperador Xianfeng quando, em 1856, deu à luz aquele que viria a ser seu único filho. Quando o garoto tinha seis anos de idade o pai morreu e ele tornou-se o Imperador Tongzhi, mas poucos meses depois um golpe de estado levou Cixi a assumir o poder de fato. Seu governo a princípio tentou combater a corrupção endêmica no país, mas foi marcado pela ocorrência de grandes levantes populares, que devastaram províncias tanto do norte como do sul e foram sufocados com grande brutalidade.

Porém o maior deles, a Rebelião dos Boxeadores (de 1900 a 1901) teve estímulo oficial da Imperatriz e de funcionários do governo, em apoio a uma sociedade secreta de praticantes de artes marciais, que lutavam para expulsar todos os estrangeiros do território chinês. O incidente culminou com a intervenção de uma força militar internacional que ocupou e saqueou Pequim, provocando enorme quantidade de baixas entre a população.



6. Leopoldo II (1835 – 1909)
VÍTIMAS: 10.000.000 
PAÍS: Bélgica
MODUS OPERANDI PRINCIPAL DAS MORTES: Guerra, fome, assassinatos



O rei da Bélgica que ocupou o trono de 1865 até a morte acreditava que a obtenção de colônias em outros continentes era indispensável à prosperidade econômica de seu país, e devotou todos os esforços para alcançar esse objetivo. Entre os empreendimentos estava a criação do Estado Livre do Congo, território de sua propriedade particular localizado na África, de onde eram extraídos borracha e marfim com o uso de trabalho escravo, recrutado entre a população local.

Denúncias divulgadas na primeira década do século 20 revelaram também que assassinatos a sangue frio eram prática habitual no território. As primeiras estimativas da quantidade de vítimas só foram feitas em 1924, e ressaltaram a dificuldade de quantificar perdas populacionais ocorridas naquele período na região. Estudos posteriores indicaram que provavelmente nunca será conhecido o total exato de pessoas mortas pelas agressões militares indiscriminadas, fome e disseminação de doenças tropicais causadas no Congo pela ação dos belgas sob o Rei Leopoldo II.



7. Chiang Kai-shek (1887 - 1975)
VÍTIMAS: 10.000.000 

PAÍS: República da China (Nacionalista) e Taiwan
MODUS OPERANDI PRINCIPAL DAS MORTES: Guerra, massacres



Chiang Chung-cheng era o nome oficial do general que liderou o governo nacionalista da China entre 1928 e 1949. Em 1927, ele chefiou um sangrento golpe de estado e massacrou milhares de militantes comunistas, contra quem travou uma guerra civil, encerrada em 1949 com a vitória de seus inimigos, as forças de Mao Zedong. Nesta época, foi acusado de ignorar as necessidades da população afetada pelo conflito, agravando seu sofrimento e contribuindo para aumentar o número de baixas.

Após a derrota, Chiang fugiu para a ilha de Taiwan, onde fundou um novo país depois de enviar soldados para exterminar cerca de 20 mil moradores locais. Governou Taiwan por quase 30 anos, recorrendo a métodos como torturas, prisões sem julgamento e assassinatos generalizados, além de usar corrupção, chantagem e censura à imprensa para reprimir seus opositores.



8. Genghis Khan (1162-1227)
VÍTIMAS: 4.000.000

PAÍS: Mongólia
MODUS OPERANDI PRINCIPAL DAS MORTES: Guerras, massacres



O guerreiro-governante mongol foi um dos maiores conquistadores da História, construindo império que se estendeu da Ásia ao Mar Adriático, na Europa. Começou subjugando as tribos nômade vizinhas à sua, que unificou sob um estado militar de rígida disciplina, passou a atacar vilarejos além das áreas sob o controle original de seu povo, e acabou por liderar exércitos em campanhas militares que causaram destruição, morte e caos econômico por todo o continente asiático.

Entre as táticas empregadas por ele e por seguidores sob seu comando estava o terror psicológico provocado pela aniquilação de populações inteiras que resistissem aos seus ultimatos. Historiadores modernos reconhecem a importância da liderança de Genghis Khan nas atrocidades cometidas por seus guerreiros, mas ressalvam que muitos dos abusos foram praticados por generais agindo por conta própria, sem sua supervisão direta.



9. Hideki Tojo (1884-1948)
VÍTIMAS: 4.000.000

PAÍS: Japão
MODUS OPERANDI PRINCIPAL DAS MORTES: Guerra, massacres, fome



Militar que foi primeiro-ministro do Japão durante a maior parte da Segunda Guerra Mundial (no período entre 1941 e 1944), Tojo participou de um motim em Tóquio em 1936, antes de ser nomeado no ano seguinte como comandante do exército japonês que ocupava a Manchúria, promovendo massacres contra a população local. De volta a Tóquio, tornou-se um dos principais defensores do acordo com a Alemanha nazista e a Itália fascista, que originou o Eixo. Tornou-se ministro da Guerra do gabinete japonês em 1940, assumindo a chefia do governo no ano seguinte.

Um dos militaristas mais agressivos entre o grupo que dirigia o país, coordenou o esforço de guerra e assumiu poderes ditatoriais durante o conflito. Quando a derrota final aproximava-se, em 1944, Tojo foi afastado do comando das forças armadas. Após a rendição tentou suicídio, mas sobreviveu. Julgado por crimes de guerra, foi condenado e enforcado.



10. Pol Pot (1925-1998)
VÍTIMAS: 2.000.000 

PAÍS: Camboja
MODUS OPERANDI PRINCIPAL DAS MORTES: Massacres, fome



Saloth Sar era o verdadeiro nome do ditador cambojano conhecido pelo codinome Pol Pot, que entre 1975 e 1979 liderou um governo comunista radical, responsável pela retirada em massa da população das cidades, enviada à força para “campos de reeducação” no interior, com objetivo de criar uma nova sociedade sem classes. A operação envolveu o assassinato de milhões de pessoas e o desarranjo da economia, causador de uma onda de fome e doenças que, aliada à repressão política, provocou eventualmente o extermínio de quase a metade da população do país, segundo algumas estimativas.

O legado de brutalidade e caos social prossegue até hoje – o Camboja continua sendo um dos países mais pobres do mundo, mergulhado em turbulento impasse político e com umas das maiores taxas de incidência de AIDS do planeta. Afastado por uma invasão vietnamita em 1979, Pol Pot embrenhou-se na selva e continuou chefiando um governo assassino, agora em guerra civil, até ser afinal deposto em 1997. Foi então colocado em prisão domiciliar por seus ex-companheiros e morreu no ano seguinte de causas naturais.

6 comentários:

  1. Engraçado que a cultura do social, que é voltada pra única e somente pro comunismo... geralmente quem faz parte dessa cultura, ideologia de pensamento, sã pessoas ruins!

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  2. A pesquisa pode ser verdadeira, mas feieto por americano tem lado politico, não consta o presidente americano que autorizou as bombas atômica no japão, e das guerras financiadas por eles que causaram a morte de milhões. deveria ser feita por uma pessoa isenta.

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    1. meu caro amigo imbecil, o presidente foi henry truman e a contagem de vitimas foi de 200 mil, sendo assim, está muito abaixo do comunista pol pot, e como um ato de guerra, ou seja, países se atacando mutualmente, a culparecai sobre ambos, entendeu ou quer que eu desenhe?

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    2. ESQUERDISTA É GENTE VAGABUNDO MESMO , cruzes esquerdista não gente é verme desgraçado;

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  3. Augusto Pinochet matou mas matou pela justiça, antes do Pinochet o chile era um pais subdesenvolvido e depois virou um pais desenvolvido

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  4. Pessoas amam o socialismo mas se usufruem do capitalismo. Falta coerência!

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